Abel Ferreira voltou a criticar o VAR neste domingo, após a vitória sobre o internacional por 2 a 1, no Allianz Parque, pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Ainda no primeiro tempo, o Palmeiras marcou o segundo gol com Murilo aproveitando o rebote do chute de Scarpa, mas, após revisão do árbitro de vídeo, o juiz anulou a jogada por posição irregular do zagueiro alviverde.
A atuação do VAR foi bastante questionada pelos palmeirenses. De fato, o lance é bastante difícil. Se houve impedimento, foi por pouquíssimos centímetros, a ponto de a jogada não ser esclarecida mesmo com a linha traçada pela tecnologia.
“Perguntei se o VAR era o mesmo do jogo contra o São Paulo. Pedi para quem estivesse à frente do VAR que fizesse um esforço, não sei se estavam cansados, nós nos sentimos cansados, eles também têm direito de se sentirem cansados. Só espero que o campeonato seja resolvido dentro das quatro linhas”, disse Abel Ferreira.
Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
Com o gol anulado, o Palmeiras foi para o intervalo com a vantagem de 1 a 0 e acabou sofrendo o empate na etapa complementar. O Verdão, entretanto, foi persistente e conseguiu a vitória na marra, mas poderia ter garantido o resultado positivo de maneira mais tranquila, caso o VAR não tivesse atuado para evitar o triunfo parcial por 2 a 0 na primeira metade do jogo.
“Só espero e desejo que este campeonato seja resolvido dentro das quatro linhas. As duas equipes têm que ser protagonistas, não uma terceira. O campeonato tem que ser resolvido pelas equipes dentro de campo, não pelo VAR. Começo a ver muita confusão com o VAR. O VAR só tem que entrar quando é algo escandaloso. Se pra mim é falta no goleiro e pra você não é, o VAR não tem que entrar. Se o juiz assinalou gol, é gol”, prosseguiu.
“Quando eu estava na escola, as perguntas matemáticas eram interpretação. Uma coisa que me ensinaram era ler a pergunta três vezes devagar. Espero que os competentes uniformizem as decisões. Na Europa os árbitros se reúnem, metem lances com interpretações diferentes e chegam a uma uniformização. Hoje é muito fácil fazer isso com telefone, via zoom ou outra plataforma qualquer. Os protagonistas são os jogadores das duas equipes, não uma terceira. Peço que não seja uma terceira equipe a ser protagonista desse campeonato”, concluiu o técnico Abel Ferreira.