Em ano de eleições gerais, o tradicional ‘Grito dos Excluídos’ em Aparecida realizou momentos de devoção e de protesto nesta quarta-feira (7), mas sem contar com personalidades políticas, como em anos anteriores.
A manifestação deste ano teve como tema as frases: “Mãe Negra Aparecida, rezamos e lutamos em defesa da vida” e “Brasil: 200 anos de (in)dependência – para quem?”. O evento foi realizado em conjunto com a 35ª Romaria das Trabalhadoras e dos Trabalhadores.
Organizado há 28 anos por movimentos sociais, o Grito já foi o principal evento político no dia 7 de Setembro no Santuário Nacional de Aparecida, reunindo políticos de renome nacional, organizações e até artistas.
Desta vez, um público mais anônimo foi quem comandou a manifestação, que começou às 6h com a concentração em frente à Basílica Velha, em Aparecida.
De lá, eles partiram em caminhada até o Santuário Nacional e participaram da missa das 9h, celebrada por dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida. A maior parte dos participantes vestia a camiseta do movimento.
No final da cerimônia, membros do Grito leram uma carta pedindo força à Nossa Senhora Aparecida para “construir um mundo justo com vida digna à qual todo o povo tem direito”.
“Mãe, sofremos com a desigualdade, a exploração, a fome, a destruição ambiental, a disseminação do ódio, o desemprego, as condições precárias de educação, a discriminação, o acúmulo de riquezas, a falta de partilha e muitas outras injustiças”, diz trecho da mensagem.
No final, a carta pede luta por “uma independência completa, uma verdadeira democracia e vida digna e plena”.