Os colírios são um tipo de medicamento que pode ser usado para as mais diferentes finalidades, tratando desde alergias, infecções e também para combater os efeitos da falta de hidratação. Exatamente por isso, é um dos principais aliados no combate aos sintomas da Síndrome do Olho Seco.
Manifestando-se por meio de coceira, vermelhidão, visão borrada, sensação de corpo estranho nos olhos e até o súbito surgimento de secreção, essa doença oftalmológica parece inofensiva, mas pode causar muito desconforto.
Mas como saber se você está sofrendo com a Síndrome do Olho Seco? E se você está, qual é o melhor tipo de colírio para tratar? Acompanhe o artigo para descobrir!
O que é a síndrome do olho seco?
Quando ficamos muito tempo diante de telas eletrônicas, em ambientes fechados com ar condicionado, locais com vento forte nos olhos e, principalmente, quando o clima está muito seco (como no inverno), é possível experimentar sintomas de olhos secos, que são:
- Ardência, coceira e vermelhidão ocular
- Visão turva
- Sensação de que há “areia” ou um corpo estranho dentro dos olhos
No entanto, esses sintomas somem após algumas horas ou mesmo no dia seguinte.
Já a Síndrome do Olho Seco, por outro lado, é uma doença oftalmológica crônica, que afeta diretamente a produção ou composição das lágrimas.
Assim, os olhos constantemente falham em atingir os níveis mínimos de lubrificação para o globo ocular, resultando em todos os sintomas já listados.
A principal causa para a Síndrome do Olho Seco é o envelhecimento dos ductos lacrimais, afetando essencialmente pessoas com mais de 40 anos e mulheres na menopausa. Além disso, também pode ser mais uma manifestação de doença imunodepressora.
Leia mais: Síndrome do olho seco: o que é, causas e tratamentos
Por que a hidratação é tão importante para tratar o olho seco?
Como o corpo não consegue manter a hidratação ideal para os olhos, o tratamento para o controle de sintomas da Síndrome do Olho Seco consiste em compensar essa deficiência.
Por isso é comum que os(as) oftalmologistas receitem colírios lubrificantes, também conhecidos como lágrimas artificiais. Além disso, pode ser necessário mudar alguns hábitos ou que outros sejam adotados.
Aumentar o consumo de água é uma das medidas recomendadas. Além disso, reduzir o tempo de exposição sem pausas às telas eletrônicas, evitar locais com ar muito seco e sempre utilizar óculos escuros quando sair de casa durante o dia são outros exemplos que podem ajudar a manter seus olhos hidratados.
Leia também: Ardência nos olhos: causas, o que pode ser e como aliviar
Mas porque a hidratação é tão importante para os olhos?
A umidade nos olhos impede que exista atrito entre a pálpebra e a superfície do globo ocular quando piscamos. Isso é capaz de prevenir irritações e até mesmo o surgimento de arranhões ou outras lesões.
É daí que vem todo o incômodo quando os olhos estão secos: do constante atrito e falta de lubrificação. Essa mesma umidade também funciona como uma espécie de barreira para que substâncias estranhas e microorganismos não adentrem as partes mais internas dos olhos.
Quais os tipos de colírio e suas indicações
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que é Síndrome do Olho Seco, vale também conhecer um pouco mais sobre o tipo de colírio utilizado para tratá-la.
Na grande maioria dos casos leves e moderados, a Síndrome de Olho Seco é uma consequência da idade avançada. Assim, o tratamento mais recomendado é aquele feito com os colírios lubrificantes.
Engana-se, contudo, quem pensa que esse tipo de colírio é composto essencialmente de água. Afinal, ele deve simular a composição das lágrimas naturais, compostas também de sais minerais, proteína e gordura. Assim, é comum encontrar substâncias como carmelose sódica, hipromelose e carboximetilcelulose na composição desses medicamentos.
Apesar de poderem ser comprados em farmácia sem receita médica, é sempre importante consultar um médico oftalmologista antes de utilizar qualquer medicamento para garantir a sua segurança e eficácia no tratamento!
Em casos mais graves e avançados da Síndrome de Olho Seco, é preciso fazer uma busca detalhada das causas. Afinal, não é comum que se torne uma condição tão aguda por si só. Quando é comprovado que está associado a doenças autoimunes, o tratamento poderá ser realizado com colírios imunossupressores, que têm ação anti-inflamatória.
Leia mais: Colírio: usar todo todo dia faz mal?
Quais são os outros tipos de colírio?
Quando falamos de Síndrome do Olho Seco, os dois tipos de colírio mais utilizados são os lubrificantes e imunossupressores. Contudo, eles não são os únicos!
Conheça um pouco mais sobre outros tipos de colírios, usados para diversos tipos de doenças oculares:
- Colírios antibióticos: utilizados para tratar infecções bacterianas. Só são vendidos sob prescrição médica e são muito utilizados no tratamento de conjuntivite bacteriana, por exemplo.
- Colírios antialérgicos: são utilizados no tratamento de crises ou conjuntivite alérgica. Compostos por substâncias anti-histamínicas, promovem alívio quase imediato. Também precisam de receita médica para serem comprados.
- Colírio anti-inflamatórios: receitados após a realização de cirurgia nos olhos para impedir um quadro inflamatório ou utilizados para controlar a inflamação em casos de ceratite ou outras doenças oftalmológicas.
- Colírios utilizados no tratamento de glaucoma: atuam no controle da pressão intraocular aumentada causada pela doença.
- Colírios anestésicos: são aqueles utilizados antes de exames da retina e também em procedimentos cirúrgicos oftalmológicos.
Leia também: Colírios vencidos: quais os riscos de usar?
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Os sintomas da Síndrome do Olho Seco podem causar muito desconforto e interferir na realização de atividades do dia a dia. Se você notou que os sintomas são frequentes ou se gostaria de ficar em dia com suas consultas de check up oftalmológico, conte com a Viva Oftalmologia!
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