Você costuma ter crises de dor de cabeça muito fortes e difíceis de controlar até mesmo com analgésicos? Se a resposta for sim, você pode estar sofrendo com enxaqueca. 

Integrando o rol de doenças mais incapacitantes do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a enxaqueca atinge boa parte da população mundial, incluindo o Brasil: apenas aqui podem ser contabilizados cerca de 30 milhões de casos, inclusive crianças e adolescentes. 

Mas você sabe o que provoca enxaqueca? E o que fazer se você estiver sofrendo com esse problema?

Acompanhe o artigo para descobrir! 

Diferenças entre enxaqueca e dor de cabeça

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça, mas não são sinônimos, já que o termo “dor de cabeça” é um conjunto mais amplo, englobando mais de 100 tipos. 

Apesar de ser tão variada, a dor de cabeça mais comum (que afeta cerca de 90% da população, em algum momento da vida) é caracterizada como um incômodo moderado, circunstancial e passageiro. 

👉 Analisar os sintomas é fundamental para identificar se seu caso é uma dor de cabeça ou uma enxaqueca. Neste artigo você conhece 7 maneiras de avaliar sua dor de cabeça.

Como é uma crise de enxaqueca? Conheça os sintomas! 

Em uma crise de enxaqueca, além da dor pulsante em um dos lados da cabeça, também é possível experimentar:

• Náuseas e vômitos;
• Hipersensibilidade à luz, sons e odores; 
• Alterações sensoriais e visuais. 

A intensidade dos sintomas pode variar de caso para caso e também de acordo com o tipo de enxaqueca apresentada. 

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Os principais tipos de enxaqueca

A enxaqueca pode ser classificada basicamente em pelo menos 6 tipos. Saiba um pouco mais sobre cada um deles abaixo: 

Por que você deve procurar um oftalmologista?

1. Enxaqueca comum (sem aura) 

Como o próprio nome já sugere, é o tipo de enxaqueca mais comum.  Para obter o diagnóstico, geralmente é preciso ter passado por pelo menos 5 crises (que em geral duram entre 3h a 72h). 

Costuma ser caracterizada pelas fortes dores pulsantes em qualquer parte da cabeça, náuseas, vômitos e hipersensibilidade generalizada. Além disso, não é incomum que as pessoas se sintam muito irritadas, agitadas ou até mesmo deprimidas no período que antecede os surtos. 

2. Enxaqueca com aura 

Está diretamente ligada à visão, podendo ser chamada também de enxaqueca oftalmológica.

Pessoas que sofrem com esse tipo de enxaqueca, possuem uma espécie de “premonição” para a forte dor de cabeça, percebendo antecipadamente pequenos pontos luminosos ou pretos que começam a aparecer no seu campo de visão, logo antes da crise. 

Outros sintomas, como formigamento no corpo, dificuldade para falar, piora da qualidade da visão e tontura também podem aparecer.

Tudo isso é somado aos sintomas usuais de uma crise de enxaqueca comum, já apresentados anteriormente. 

3. Enxaqueca hemiplégica 

É um dos tipos de enxaqueca mais assustadores, uma vez que possui muitas similaridades com os sintomas de um AVC. 

Assim, durante a fase de aura, a pessoa pode experimentar fraqueza muscular e perda de sensibilidade, ficando até mesmo com algum dos membros paralisado. 

Felizmente, os quadros de enxaqueca hemiplégica costumam ser bem mais raros.

👉 As características da dor ajudam no diagnóstico e direcionam o tratamento. Veja, neste artigo, o que pode causar dor de cabeça frontal.

4. Enxaqueca crônica 

Ocorre quando os sintomas da enxaqueca comum permanecem por períodos mais longos, como 10-15 dias seguidos, repetindo-se em períodos regulares. 

A enxaqueca crônica se encaixa nos casos de “dores de cabeça constantes” e pode ser extremamente incapacitante, impedindo a pessoa de realizar suas atividades do dia a dia.

Apesar de não ter cura, mesmo esse tipo de enxaqueca crônica pode ser tratada e controlada, obtendo-se ao menos um espaçamento maior entre as crises e episódios mais curtos.

👉 Neste outro artigo, você vai conhecer formas simples (mas que funcionam) para aliviar crises de dores de cabeça constantes.

5. Enxaqueca retiniana 

É semelhante à enxaqueca com aura – que dói na região do fundo dos olhos – diferenciando-se por geralmente afetar apenas um dos olhos e pela intensidade das alterações visuais, que costumam ser maiores. 

Assim, a pessoa pode experimentar desde alterações oftalmológicas mais comuns (como visualizar pontos luminosos ou visão turva) até perder temporariamente a visão de um dos olhos. 

6. Enxaqueca sem dor de cabeça 

É a mais curiosa de todas, já que é caracterizada pela ausência do sintoma principal de uma crise: a forte dor de cabeça.

Contudo, a pessoa ainda pode sofrer todos os outros sintomas dos outros quadros de enxaqueca, como alterações visuais e sonoras, até náuseas, vômitos e hipersensibilidade. 

+ Veja também: problemas de vista que causam dor de cabeça e enxaqueca

O que provoca enxaqueca?

As causas definitivas da enxaqueca ainda estão totalmente claras para a medicina, já que inúmeros fatores podem cooperar para o surgimento das crises. Porém, o que se sabe até agora é que pessoas que sofrem desse problema costumam apresentar um desequilíbrio de certas substâncias bioquímicas no cérebro, que envolvem desde hormônios até neurotransmissores e neuropeptídeos. 

Outro consenso é que esses desequilíbrios podem ser motivados por gatilhos externos, como: 

• Estresse.
• Longos períodos de jejum.
• Rotina de sono irregular ou insuficiente.
• Uso contínuo de medicamentos vasodilatadores.
• Variações hormonais: como aquelas experimentadas na TPM ou menopausa, já que tem relação com a queda de estrogênio no sangue.
• Mudanças climáticas intensas. 
• Certos alimentos. 

Qual médico procurar para tratar enxaqueca

Conviver com a enxaqueca é muito desafiador, podendo diminuir muito não só a sua produtividade, como também a qualidade de vida. 

Por isso, caso você esteja enfrentando longos períodos de dor de cabeça (mais de 3 episódios por semana) ou tenha se identificado com outros sintomas expostos durante esse artigo, é hora procurar um médico neurologista. 

Além disso, muitos quadros de dores de cabeça podem ter relação com problemas de visão, como miopia, astigmatismo ou hipermetropia. Caso seus quadros surjam ao final de um dia de trabalho ou estudo, ao passar mais tempo olhando para telas de eletrônicos ou lendo, é bom estar atento e procurar uma avaliação com o oftalmologista.

Nesse sentido, considere a Viva Oftalmologia como sua melhor opção!

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