XP e Suno passam por momentos de tensão. Entenda os casos

A semana foi turbulenta para o Grupo Suno e a para XP Investimentos. A operação de busca e apreensão na Suno pode se tornar o primeiro grande caso nacional relacionado a influenciadores do mercado de capitais, de acordo com fontes por dentro da questão. Já a XP, a poucos dias de revelar o seu balanço do quarto trimestre, pode estar tendo dificuldades em prospectar clientes.

Suno 

Na última terça, 14, a gestora Hectare foi acusada pela Suno de tentativa de retaliação contra a atuação da casa relacionada ao fundo imobiliário HCTR11. O grupo considerou, através de um comunicado, que a busca e apreensão feita em seus escritórios foi “uma degradante tentativa da Hectare de retaliar a atuação firme e independente da Suno na sua atividade de análise de valores mobiliários”.

A Hectare, por sua vez, divulgou fato relevante em diz estar “tomando medidas cabíveis para proteger os interesses da base de cotistas do HCTR11”(fundo imobiliário). A gestora afirmou ainda, sem citar a Suno que “na presente data (terça, 14), em cumprimento a uma decisão judicial proferida em ação de produção antecipada de provas, foi realizada busca e apreensão de material em endereços residenciais e comerciais de determinados suspeitos”.

Este foi mais um episódio de uma briga que entrou no campo jurídico e remonta ao segundo trimestre de 2022. Naquele momento, as cotas do HCTR11 passaram por uma forte oscilação em meio as críticas ao fundo difundidas através de redes sociais e fóruns digitais.

XP Investimentos 

A  XP Investimentos , a poucos dias de revelar o seu balanço do quarto trimestre, pode estar tendo dificuldades em prospectar clientes. Uma mensagem remetida por Guilherme Benchimol, fundador da empresa, para colaboradores e es escritórios de agentes autônomos é prova disso.

O portal Valor Investe teve acesso a mensagem enviada por Guilherme, que dizia que a média por mês de aberturas de contas com investimentos de valores maiores que R$ 300 mil está em 0,3 por assessor, totalizando apenas quatro aberturas desse tipo de conta ao ano. Através de outra mensagem, também enviada através de e-mail, Benchimol diz  “recomendar fortemente que todas as áreas comerciais voltem a trabalhar nos escritórios”.

Ao falar sobre a média de abertura de contas de alta renda, Guilherme disse ser “inaceitável” a média de abertura de quatro contas de clientes com mais de R$ 300 mil por ano por assessor. Ele recomenda na mensagem a “intensidade comercial no dia a dia”, insinuando que todos os assessores entrem em contato com seus assessorados pelo menos uma vez por mês e marque reuniões com potenciais novos clientes diariamente.

Paulo Amorim

Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.

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