O presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu fake news sobre a pandemia, atacou o PT e o STF (Supremo Tribunal Federal) e disse que vai acompanhar as Forças Armadas e forças auxiliares em desfile na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 7 de setembro.
Ele foi a estrela da convenção nacional e estadual do partido do Republicanos que oficializou a candidatura de Tarcisio de Freitas ao governo paulista.
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Bolsonaro falou por cerca de 20 minutos após as palavras da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que fez um curto discurso recheado de frases religiosas para Tarcísio e sua mulher. “A missão é árdua e Deus está com você”, disse ela, que terminou recitando um versículo bíblico: “O Senhor te abençoe e te guarde”.
Bolsonaro começou dizendo que reza todos os dias para “o povo não experimente as dores do comunismo”.
“O que está em jogo na nossa pátria e no mundo é uma nova ordem, de mandar no povo e não de comandar.”
Ele disse que “sempre esteve ao lado do povo, mesmo nos momentos difíceis da pandemia. Não fugia”. E voltou a relacionar sua presidência a um desejo divino.
“Não é fácil ser presidente, mas sou voluntário, e entendo que algo muito acima de nós me conduziu à presidência. O milagre de sobreviver a uma facada e sem partido. Do nosso lado tínhamos o povo e o bom Deus.”
Sobre a crise causada pelo coronavírus, Bolsonaro disse que tiraram dele “o direito de conduzir a pandemia”, e que isso foi “tirado pelo STF”.
“Não errei nenhuma das sugestões que dei para a população. Não conseguia dormir com o fechamento do comércio por todo o Brasil. Eles abandonaram a população. Obrigaram o povo a ficar em casa”, afirmou.
Bolsonaro disse que “chamou Tarcísio para ser candidato ao governo de São Paulo” e que isso “era uma missão”. Também voltou a dizer que não há corrupção em seu governo, mas desta vez usando o termo “orgânica”.
“Precisamos de aliados que levem uma nova política que implantamos em Brasília, de zelo e de resultado. Não existe qualquer denúncia de corrupção orgânica no governo.”
Mas foram mesmo o comunismo e o PT os alvos preferenciais do discurso de Bolsonaro, que fez ataques sem citar nomes.
“Se colocarmos um marxista na presidência a primeira medida vai ser roubar a liberdade de vocês. Sabemos o que está em jogo. O outro lado não pode viver sem a corrupção.”
O presidente falou “daquele cara que quer voltar à cena do crime com outro criminosos conhecido pelas suas falcatruas em São Paulo”, referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ex-governador Geraldo Alckmin, ambos na mesma chapa.
“Os bandidos se unem para voltar a assaltar o nosso país. Peço a Deus que não permita que essas quadrilhas voltem ao poder para roubar o nosso dinheiro e nossa liberdade.”
Bolsonaro também insistiu que a eleição é a “luta do bem contra o mal” e que o “outro lado quer destruir a família brasileira, quer liberar as drogas e legalizar o aborto, quer desarmar a população brasileira”. Fez novamente apologia ao uso de armas.
“Mais que a defesa da sua família, uma arma é a defesa da nação. Povo armado jamais será escravizado.”
Por fim, ele disse que celebrará o 7 de setembro em Brasília, pela manhã, e na parte da tarde vai ao Rio de Janeiro, e não a São Paulo, acompanhar desfile militar na praia de Copacabana.
“Estarei pela manhã em Brasília com o povo na rua e com a tropa desfilando. E a tarde quero inovar no Rio de Janeiro, com as nossas Forças Armadas e forças auxiliares desfilando na praia de Copacabana ao lado do povo. Vamos mostrar que o nosso povo exige paz, democracia, transparência e liberdade”, completou Bolsonaro.