Um movimento civil que promove o não pagamento de contas de energia a partir de 1º de outubro em todo o Reino Unido reuniu mais de 170.000 assinaturas em sua plataforma online na tarde de terça-feira. 

O movimento que exige “uma redução nas contas de energia para um nível acessível” do governo britânico pede que as pessoas que se juntem a eles assinem uma página de apoio online.

Aparecendo no endereço da web www.dontpay.uk, o movimento até agora reuniu assinaturas de mais de 173.000 pessoas em todo o país.

O grupo diz que cancelaria os pagamentos bancários automatizados das contas de energia se o número de pessoas que os apoiam chegar a 1 milhão.

O movimento de base pede ao governo uma “tarifa de energia social de emergência para evitar que as pessoas morram de frio neste inverno”.

“Não deve custar o mesmo preço para aquecer uma lata de feijão como para aquecer sua piscina”, diz em seu site.

Ele diz: “A fixação de preços de emergência para energia neste inverno significará que as pessoas comuns da classe trabalhadora pagarão menos por unidade por sua energia. Semelhante ao sistema tributário, quanto mais rico você é, mais você paga.”

“Também exigimos que faixas de energia mais baratas sejam implementadas para ativos comunitários como bares, prédios religiosos, escolas e centros comunitários. Não podemos permitir que a crise energética destrua o coração de nossas comunidades neste inverno”.

O movimento surgiu logo após o órgão fiscalizador de energia Ofgem anunciar que os limites das contas de energia no Reino Unido aumentaram 80%, elevando a despesa doméstica média com contas de energia para £ 3.549 (US $ 3.993) por ano.

O movimento Don’t Pay também diz que o limite de preço anterior era “já inacessível para muitos, por exemplo, então precisamos transformar o setor de energia para tornar a energia permanentemente acessível”.

“Para resolver isso, um processo dentro do movimento Não pague chamado ‘Preço justo pelo poder’ começará neste outono, durante o qual o movimento decidirá em conjunto em grupos locais qual é o preço justo a pagar por nossa energia e como podemos alcançar e fazer cumprir esse preço transformando o setor de energia”.

A primeira-ministra Liz Truss, que substituiu Boris Johsnon na terça-feira, deve revelar a política de seu governo sobre ajudar as famílias e empresas nos próximos dias.