A pupila é responsável por controlar a entrada de raios luminosos nos olhos. Ela se localiza na parte central da íris e pode se contrair ou dilatar de acordo com a necessidade.
Existem várias situações onde isso acontece naturalmente, sem representar qualquer problema para a saúde.
Contudo, em alguns casos específicos, a pupila dilatada (ou midríase) pode significar a presença de problemas graves, como aneurismas, tumores cerebrais e até um AVC.
Para entender por que a pupila se dilata e quando isso é motivo de preocupação, confira as informações deste artigo!
Por que as pupilas se dilatam?
As pupilas se dilatam como consequência da ação dos músculos localizados na íris (a parte colorida do olho). Em uma pessoa que não apresente qualquer problema, a midríase aparecerá, por exemplo, todas as vezes em que estiver em um ambiente com pouca iluminação.
Isso acontece porque nossos olhos têm a capacidade de se adaptar à luz do ambiente, sempre buscando enxergar com o máximo de nitidez possível.
Para entender esse fenômeno, já percebeu que, quando a luz está acesa e subitamente se apaga, a sensação imediata é que não estamos enxergando nada? Em alguns instantes isso vai mudando e passamos a enxergar melhor.
Isso acontece porque a pupila se adaptou às novas condições de luminosidade, dilatando o suficiente para que a luz pudesse entrar e permitir a assimilação e formação de imagens.
Mas, apesar da principal razão para a dilatação da pupila ser a mudança de luminosidade no ambiente, existem outros fatores que podem influenciar (e até mesmo interferir) nesse processo.
Em resumo, a midríase pode ocorrer tanto por fatores fisiológicos (iluminação), quanto patológicos (doenças) e também por questões terapêuticas (pelo uso de medicamentos, durante exame médico).
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Confira abaixo cada um desses fatores:
1. Medicamentos
Anticonvulsivos, antialérgicos e alguns antidepressivos são alguns exemplos de medicamentos que podem provocar dilatação da pupila.
É importante checar a bula da medicação e, principalmente, confirmar com o médico-assistente se a midríase está listada como uma das possíveis reações adversas.
Caso esse não seja um sintoma esperado, é importante buscar ajuda médica com um(a) oftalmologista, para verificar.
2. Colírios oftalmológicos
Para realizar alguns exames, como o teste do fundo de olho, por exemplo, é comum o uso de alguns colírios específicos, usados para dilatar as pupilas.
Essa medida é importante – especialmente em pacientes mais jovens – para o oftalmologista consiga visualizar com mais facilidade as estruturas internas.
Por conta dessa dilatação terapêutica, a pessoa costuma ter dificuldade para enxergar por algumas horas, já que essa midríase faz com que a pupila permita a entrada de mais luz. Porém, caso essa sensação permaneça após 3-4 horas, pode ser necessário buscar avaliação com oftalmologista.
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3. Dores ou emoções fortes
Não é exagero dizer que os olhos são as janelas da alma, afinal eles podem refletir uma série de emoções que sentimos, como a dores e emoções.
Afinal, sentimentos intensos desencadeiam respostas involuntárias do sistema nervoso, o que pode alterar o tamanho da pupila. Contudo, o efeito costuma passar assim que a situação motivadora se ameniza.
O mesmo pode acontecer na presença do ser amado. O efeito costuma ser sutil, mas também pode ser percebido.
4. Baixa oxigenação no cérebro
Dificuldades respiratórias ou episódios de afogamento também podem dilatar as pupilas.
Em casos assim, geralmente a dilatação das pupilas poderá estar acompanhada de outros sintomas, como tontura, náuseas, lábios e/ou ponta dos dedos azulados, além de batimentos cardíacos acelerados.
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5. Uso de drogas
Um dos principais sintomas físicos apresentados por pessoas que fizeram uso de substâncias entorpecentes é a dilatação das pupilas.
A razão para isso é que essas substâncias agem diretamente no sistema nervoso, afetando na resposta natural aos estímulos, tornando essa resposta geralmente aumentada.
Por outro lado, o álcool e a maconha não costumam estar associados a casos de dilatação da pupila.
6. Lesões oculares ou cerebrais
Os olhos estão diretamente conectados ao cérebro por meio do nervo óptico. Assim, quaisquer lesões que aconteçam na cabeça costumam se manifestar primeiramente nas pupilas.
Por isso, quando alguém sofre um acidente, é comum que os socorristas realizem testes de contração das pupilas da vítima com um pequeno raio de luz, para avaliar o nível de consciência apresentado.
Assim, problemas como derrames (AVC), aneurismas, tumores cerebrais ou traumas cranianos podem mostrar suas primeiras evidências por meio das pupilas dilatadas.
Analogamente, lesões ao globo ocular também poderão afetar a capacidade de contração das pupilas.
7. Distúrbios oftalmológicos
Em alguns casos, a dilatação constante das pupilas sem estímulos ou razão aparente pode indicar a presença de alguma doença ou distúrbio oftalmológico. Alguns exemplos são:
- Pupila de Adie – Nessa condição, as pupilas são maiores que o normal e mais lentas para reagir aos estímulos de luz. Ainda se sabe pouco sobre essa doença, mas geralmente pode estar associada a casos de traumas, lesões ou até mesmo cirurgias.
- Midríase unilateral benigna episódica – Nesse distúrbio, a pupila pode se dilatar repentinamente e ser acompanhada de dores de cabeça e visão turva. É uma condição essencialmente inofensiva, e os episódios costumam se resolver naturalmente após algumas horas.
- Glaucoma – Essa doença provoca um aumento da pressão intraocular e pode acabar afetando a capacidade de contração e dilatação das pupilas.
Conheça mais sobre esse importante problema ocular, conferindo este artigo que mostra os diferentes tipos de glaucoma e seus tratamentos!
Quando a pupila dilatada pode ser sinal de risco?
Como vimos, existem diversos fatores que podem provocar a dilatação das pupilas, a maioria não causando qualquer problema e se revertendo espontaneamente.
No entanto, em alguns contextos, a midríase requer sua atenção. Caso essa dilatação não se reverta e permaneça com o passar das horas ou mesmo dias, é sinal de que pode haver algo de errado, sendo importante procurar ajuda médica.
Além disso, outros sinais associados, como a presença de náuseas, dores de cabeça, sensibilidade aumentada à luz ou tonturas também devem ligar o sinal de alerta.
Caso você tenha sofrido um acidente, por exemplo, a recomendação é procurar auxílio médico imediatamente, especialmente se suas pupilas não estiverem reagindo corretamente aos estímulos luminosos.
Boa parte dos problemas oftalmológicos não apresenta sintomas em seus estágios iniciais, o que faz com que muitas pessoas acabem convivendo com essas alterações por muito tempo, só descobrindo quando o caso está grave.
Além dos sinais de alerta apontados neste artigo, em relação à pupila dilatada, os check-ups oftalmológicos regulares são fundamentais para garantir a saúde de sua visão por toda a vida.
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