Você sabia que os olhos também podem apresentar hipertensão? A elevação da pressão intraocular (PIO) é mais comum do que se imagina e, se não for tratada, pode levar a danos permanentes no nervo óptico e até à perda total de visão.
Isso, porque a pressão intraocular está associada ao glaucoma, que é a segunda principal causa de cegueira irreversível no mundo, de acordo com a OMS.
Infelizmente, boa parte das pessoas ainda desconhecem esses riscos. A pesquisa “Um olhar para o glaucoma no Brasil“, feita pelo Ibope em 2020, revelou que cerca de 41% dos brasileiros não sabem o que é glaucoma, e 53% desconhecem que isso pode levar à cegueira.
Acompanhe o artigo para descobrir mais sobre a pressão intraocular e como você pode se prevenir dos seus riscos!
Pressão alta nos olhos: o que é?
A pressão alta nos olhos ocorre devido a uma produção exagerada do humor aquoso ou por uma dificuldade de drenagem desse líquido, que é produzido pelos olhos e que acaba se acumulando dentro dos olhos, exercendo pressão sobre o globo ocular.
O humor aquoso (substância composta de água e sais) tem o papel de nutrir a córnea e regular a temperatura interna dos olhos. Quando em excesso, porém, acaba ficando concentrado e levando à morte de células sensoriais oculares (que são bastante sensíveis).
Os principais exames realizados pelos oftalmologistas para diagnosticar a hipertensão intraocular são:
- Tonometria: feito com o auxílio de um colírio anestésico, o médico aplica uma leve pressão sobre o globo ocular, para medir a PIO.
- Paquimetria: não é ligado diretamente a análise da PIO, mas ajuda no diagnóstico ao fornecer mais informações sobre a espessura da córnea, que pode influenciar no tipo de diagnóstico.
De modo geral, o diagnóstico de hipertensão intraocular é considerado quando o valor medido supera os 21 mmHg (milímetros de mercúrio), mas para fechar o diagnóstico o oftalmologista também leva em conta outros fatores, como o histórico do paciente.
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Quais são os riscos da pressão alta nos olhos?
Como dito no início, o principal risco da alta pressão intraocular é a evolução para um quadro de glaucoma, o que pode levar à perda da visão.
Vale lembrar que o glaucoma é uma doença crônica, que possui tratamento e controle, mas não exatamente uma cura. Por essa razão, é necessário que se faça o máximo para preveni-la.
Devido à semelhança dos dois quadros, os sintomas da pressão alta nos olhos e do glaucoma são muito semelhantes:
- Perda progressiva de visão periférica, seguida de perda da visão geral.
- Olhos avermelhados.
- Dores de cabeça e nos olhos.
- Náuseas e vômitos.
- Pupilas constantemente dilatadas.
- Visão turva.
- Dificuldade para enxergar com nitidez.
É importante salientar que, em seus estágios iniciais, a hipertensão ocular e o glaucoma não apresentam sintomas, podendo se manifestar apenas quando o quadro já está bem mais avançado.
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O que pode causar pressão alta nos olhos?
A pressão intraocular elevada é causada por deficiências anatômicas em áreas específicas do globo ocular, que são mais frequente para quem:
- Tem mais de 40 anos.
- Possui histórico familiar de glaucoma na família.
- Foi diagnosticado com diabetes ou hipertensão.
- Sofreu algum tipo de trauma (acidente) brusco nos olhos.
- Possui alguma outra doença ocular, como a catarata.
- Possui córnea mais fina.
Mesmo que você não faça parte desse grupo de risco, é importante lembrar que qualquer pessoa pode desenvolver a hipertensão ocular, mesmo que não apresente qualquer uma das características citadas acima.
Por isso, não deixe de visitar o oftalmologista para fazer os exames de rotina anualmente.
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Pressão alta nos olhos: faça seu acompanhamento na Viva!
Como vimos neste artigo, a pressão alta nos olhos é uma condição delicada, progressiva e inicialmente silenciosa, que pode avançar para quadros mais graves – como o glaucoma – e causar até a perda definitiva da visão.
Assim como a hipertensão arterial sistêmica (elevação da pressão corporal) deve ser acompanhada e monitorada regularmente, a pressão intraocular, especialmente para quem já possui o diagnóstico, precisa de um acompanhamento próximo junto ao oftalmologista.
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